terça-feira, 7 de setembro de 2010

Combate com Facas

COMBATE COM FACAS
As pessoas, de uma forma geral, tendem a romantizar o combate com armas, vendo uma série de defesa
e pequenos cortes.
Na verdade, na rua, não é nada disso que acontece.
É um desafio selvagem, onde um ou talvez os dois oponentes estejam mortos no fim. Há uma série de
fatos que devem ser ditos:
1. Fazer uma defesa é difícil, bem mais difícil do que um ataque. Por isso os praticantes de Arnis
tem um número reduzido de técnicas que se aplicam a diversas situações: fica mais hábeis mais
rapidamente. Exercícios contínuos aumentam imensamente a capacidade de defesa.
2. Um combate pode terminar ao primeiro corte, ou somente depois de dezenas. O ser humano é
uma grande variável. Ao se visitar um necrotério, pode-se ver que ataques com facas ou
instrumentos cortantes não são raros, e o número de cortes antes da morte é muito variável.
3. É muito difícil se acertar em pontos vulneráveis. A tensão do momento, aliada a velocidade do
combate torna difícil usar estratégia. Tudo deve ser baseado em um treinamento cuidadoso e muita
repetição das técnicas.
4. Ao se puxar uma faca, esteja preparado para usá-la. A alguns anos atrás, eu e um colega de
artes marciais presenciamos um combate com facas na rua. Ninguém se cortou, pois ninguém teve
coragem de enfiar uma faca no outro. No entanto, se você não tiver coragem de fazê-lo, isso não
significa que seu inimigo terá piedade de você – ai sua morte será quase certa.
5. Ao Exibir uma arma, nem sempre o inimigo pode temer você. Isso significa que pode ser que
você tenha que usá-la.
6. A melhor faca é que você tem na mão. Não adianta nada se adquirir uma caríssima faca de
combate, equilibrada, autografada, feita a mão, se você a guarda com cuidado no fundo do armário.
Para a faca ser realmente boa, ela tem que ser sua companheira.
7. Treinamento é tudo. Treinar com facas de verdade, depois que seu instrutor o autorizar a fazê-lo é
importante, para que você perca o medo da faca e veja, que na verdade, o perigo não está na faca,
mas em quem a maneja.
8. Não subestime ninguém. Um marginal, pela sua vontade de lhe matar, pode ser (normalmente é)
muito mais perigoso do que o típico praticante habilidoso, mais bonzinho de academia. E mesmo
uma velhinha, com um pouco de sorte, consegue cravar uma faca em seus genitais. Por isso, não
subestime ninguém. Espere tudo.
9. Treine saque da arma. Treinar saque da arma, é uma importante parte do treinamento quando se
prepara para se defender. O saque tem que ser veloz, porém seguro, para sua arma não fugir de sua
mão na hora que você mais precisa.
10. Prepare sua mente como um Samurai. Se você tem intenção de usar uma arma na rua, seja uma
faca ou um bastão telescópico, por exemplo, leia tudo sobre o modo de vida samurai e aplique as
partes relacionadas ao pensamento de combate. Os samurais baseavam sua vida em suas espadas, e
estavam preparados para usá-las a qualquer momento.
11. Não fique se exibindo. Nem na frente de amigos ou de ninguém. Além de poder causar acidentes,
você nunca sabe na realidade quem estará vendo. Durante quase dez anos, ninguém me via
treinando Arnis de Mano. Só o meu parceiro de treinamento.
12. Ao entrar em lugares suspeitos esteja com a arma na mão e o espírito preparado. Não deixe
que algo te surpreenda. Se eu não tiver outra opção, e tiver que entrar em uma rua escura, esteja
com a arma na mão. Na verdade, isso aconteceu comigo duas vezes, e nas duas eu sai ileso – mas
em uma destas vezes o mesmo não aconteceu com um de meus agressores.
13. Use a arma apenas em legítima defesa. Isso não é um conselho de filmes de artes marciais. Se
você usar uma arma por qualquer outra razão, haverá sempre uma cela com marginais da pior
espécie esperando por uma pessoa como você.
14. Conheça um bom advogado. E de preferência um com experiência em legítima-Defesa. Nunca se
sabe o futuro. Conhecer as leis também é uma boa estratégia.
15. Confie no que você sente, mas não no que você vê. A experiência de diversas pessoas e policiais
nos EUA comprovou que sempre se deve confiar nos instintos (procure por “Gift of fear” – um
excelente livro sobre este assunto), e nem sempre no raciocínio. O seu instinto é mais confiável e
rápido do que qualquer pensamento racional.
16. Faça o que você treinou. Não invente nada novo e arriscado. Os filipinos levaram centenas de
anos desenvolvendo uma técnica realista e um nome grandioso e temido quando se fala em armas.
Não é hora de uma pessoa estragar esta reputação se matando ao inventar algo novo.
17. Use os objetos ao seu redor. Antes de entrar em qualquer conflito, pule para longe da distância do
agressor, e ve rifique os objetos no local. Muitos deles podem ser usados como armas.
18. Jogue objetos no agressor. O agressor tende a olhar para os objetos jogados sobre ele – este pode
ser o tempo certo de fugir ou atacar. Chaves, livros, bolsas, óculos, casacos (que estejam a mão),
etc. São excelente objetos para serem jogados.
19. Evite o confronto. Se você pode sair, porque se arriscar?
20. Não inicie nada se tiver alguém ao alcance das armas. Você nunca se perdoará se alguém se
machucar por sua causa. Ao sentir que algo vai acontecer, ponha todos para trás.
21. Desarme o oponente. Depois de acertá-lo (ou antes, se for o caso), desarme o oponente.
22. Chame a polícia. Isso não é apenas uma obrigação civil – é uma necessidade.
23. Esteja sempre atento ao que acontece a sua volta. Isso pode evitar tudo de ruim que pode
acontecer. Ainda nos dias de hoje existem pessoas que andam na rua á noite como se andassem de
dia no tranquilo início do século. Isso é inadmissível.



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